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3 de fev. de 2018

A Permanência

Ao passar pelo umbral, o odor pungente de querosene queimado se fez sentir.
A sala encontrava-se escura e o piso com muitos detritos e poeira, reflexo dos muitos anos de abandono.
Dessa sala partia um longo corredor com várias portas.
A moderna luz led quebrava aa escuridão, afastando os fantasma.
Nesse corredor o odor do querosene queimado era mais intenso.
Caminhamos, eu e o meu amigo Z_ cautelosos, pois a história contada repetidamente através dos anos dizia ser aquela fábrica antiga, abandonada às intempéries e aos ciclos do Tempo dizia ser aquele local mal assombrado.
Restos de móveis, de maquinários, de caixas de madeira do estoque, de engradados, de garrafas, muitas ainda com o conteúdo em seus interiores, estavam por todos os lados e nos fazia tropeçar na penumbra do lugar.
Em uma esquina do prédio imenso, a qual levava para mais uma sequência de cômodos escuros, ao desviar o facho da luz intensa da lanterna para o teto, foi possível visualizar bem lá no fundo uma luz baça, amarela, vacilante.
Apaguei imediatamente a lanterna.
Tornamo-nos ainda mais cautelosos e fomos no aproximando com o maior cuidado possível daquela sala nos fundos da fábrica de onde esvaia a luz fraca.
O odor do querosene era ainda mais forte.
Até que divisamos o interior da sala.
Havia no local uma antiga escrivaninha lavrada em madeira, sobre a mesma um lampião a querosene e sentado em uma cadeira de espaldar alto estava o Velho.
Impossível não se impressionar.
Ele havia partido há tantos anos, o que estava agora a fazer por aqui?
- Ora, disse o meu amigo Z_ aos sussurros: " ... melhor ir penando aqui do que evoluir para lá ... "


Sempre é possível o livre arbítrio ao espírito.

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